TATU-PEBA
EUPHRACTUS SEXCINCTUS


Peso3,5 - 5,5 kg
Tamanhocomprimento 40 - 95 cm
Habitatáreas semi-áridas e ambientes de vegetação aberta como campos limpos, campos rupestres, cerrado, caatinga e também florestas
na Argentina, Brasil, Paraguai, Suriname e Uruguai
Longevidade15 - 18 anos
Número de filhotes1 - 3 filhotes por ano
Alimentosão onívoros que se alimentam de insetos, minhocas, vertebrados, frutos e outras partes de espécies vegetais, além de carniça
Curiosidadeconseguem prender o ar por até 6 minutos

conseguem atravessar qualquer tipo de rio
para atravessar rios pequenos prendem o ar e andam pelo fundo, enquanto enchem o estômago e intestino com ar para atravessar rios maiores de "boia".

são dispersores de frutos - neste contexto são importantes para a restauração ecológica

se alimentam de formigas e cupins, sendo muito importantes para a proteção de áreas reflorestadas
consomem mais de 8.000 vetrebrados por noite!

são importantes dispersores de microorganismos, contribuíndo desta maneira para a regeneração dos solos e um crescimento saudável das plantas, pois muitos destes microorganismos são importantes fornecedores de nutrientes para as plantas


O tatu-peba é um mamífero que possui uma espécie de carapaça que cobre e protege seu corpo. Esta “armadura“ é composta por vários ossos duros conectados por dobras de pele, o que faz com que esta seja bastante flexível. Quando sentem perigo, os tatus rapidamente se enrolam, virando uma bolinha superprotegida por esta carapaça. As partes mais vulneráveis do corpo são “escondidadas“ no interior desta armadura. Sua carapaça possui 6 a 8 cintas.

Infelizmente a carapaça não consegue proteger os tatus do ser humano. Devido à caça, atropelamentos e à destruição do seu habitat, ele está ameçado de extinção.

Os tatus possuem hábitos noturnos e passam o dia dormindo em suas tocas, saíndo só à noite na busca por alimentos. Normalmente são eles mesmos que cavam suas moradias no solo, usando suas garras fortes e afiadas. Um ou mais tatus habitam uma mesma toca. Estas tocas geralmente possuem vários compartimentos, e muitas vezes são compartilhadas com outras espécies animais como pequenos mamíferos e répteis. Costumam conviver harmoniosamente com estes animais, até mesmo com animais peçonhentos como cobras e escorpiões.

O forte dos tatus é o seu olfato superdesenvolvido. Ele lhes permite achar insetos ou larvas que estão a 20 cm de profundidade no solo! Quando detectam algo atrás da casca de uma árvore ou na profundidade do solo, usam suas garras fortes para chegar ao alimento alvejado. Os tatus possuem uma língua comprida e pegajosa que os auxilia muito na busca por alimentos. Formigas e outros insetos simplesmente ficam ”grudados“ nela. Com ela conseguem acessar cavernas, buracos ou rachaduras estreitas.

Tatus são os campeões em prender o ar. Conseguem prender o ar por até 6 minutos. Precisam deste dom na hora de cavar o solo, pois senão sufocariam em meio do pó.

Tatus conseguem atravessar rios, pois dominam duas técnicas incríveis. Quando o percurso a percorrer é curto, eles simplesmente prendem o ar e andam pelo fundo do rio. E quando o rio é muito largo, eles costumam bombar ar para dentro do estômago e intestino, sendo assim capazes de flutuar, atravessando o rio de “bóia”!!!

Os tatus são de grande importância ecológica, pois se alimentam de insetos e invertebrados, principalmente de formigas e cupins, fazendo parte do sistema de controle populacional destes últimos. Por esta razão é muito interessante tê-los dentro dos ecossistemas e principalmente de áreas de restauração.

Além disso devem ser considerados uma espécie-chave para a dispersão de microorganismos, os quais são indispensáveis para a regeneração dos solos e um crescimento saudável de plantas. Neste contexto os tatus se destacam,  já que ficam revirando o solo com as suas patas, levando solo e microorganismos grudados nas patas com eles quando seguem para outros lugares na busca por alimento. Todos os animais terrestres possuem esta função, mas aqueles que ficam revirando o solo certamente se destacam em relação à esta função.

Com a extinção dos tatus cria-se grandes desequilíbrios nos ecossistemas. Para se ter uma idéia: um tatu de 2,5kg foi observado consumindo 8855 invertebrados numa única noite!

 

 

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