GURIRI – ALLAGOPTERA ARENARIA (GOMES) KUNTZE
| PAISAGISMO |
O guriri é uma linda palmeira acaule de até 2 metros de altura.
O caule costuma ser subterrâneo – raramente desenvolve um estipe curto visível.
Trata-se de uma palmeira muito ornamental, muito indicada para o uso no paisagismo.
É uma palmeira perenifolia, a qual ofereçe um belo visual o ano todo.
Necessita de poucos cuidados e é muito resistente a secas, vento e salinidade, sendo uma espécie muito indicada para ser utilizada nas regiões costeiras.
A velocidade de crescimento é lenta nos primeiros anos, mas acaba sendo moderada a rápida após o estabelecimento da planta. Pode formar maciços se deixados por muito tempo num local.
| FRUTOS E SEMENTES |
Os frutos são pequenos cocos de 13 a 25 mm, que formam espigas.
| COMESTIBILIDADE |
A polpa suculenta e fibrosa é comestível e muito indicada para consumo in natura ou cozida.
Pode ser utilizada para a produção de geléias.
| REQUERIMENTOS |
O guriri se desenvolve bem em todos os solos com boa drenabilidade, principalmente em solos arenosos.
Deve ser plantado a pleno sol.
Se desenvolve melhor a pleno sol em solos férteis arenosos. Requer quantidades moderadas de água.
| MANUTENÇÃO |
É uma planta que requer pouca manutenção.
Basta adubar 1-2 vezes por ano com material orgânico.
| OCORRÊNCIA NATURAL |
Ocorre naturalmente em solos arenosos de restingas, mas se adapta facilmente a todos os solos, contanto que possuam boa drenabilidade.
Resiste a geadas até – 3°C.
Plantas adultas toleram secas, salinidade e ventos fortes.
É uma espécie resistente a fogo.
| RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA |
O guriri não deve faltar em projetos de restauração ecológica.
Como todas as palmeiras, trata-se de uma espécie-chave para o suprimento da fauna.
Seus frutos servem de alimento para diversas espécies animais e suas flores oferecem néctar para polinizadores.
Floresce e frutifica várias vezes ao ano.
Suas folhas em formato de roseta oferecem um ótimo abrigo para animais e debaixo de suas folhas ocorre acúmulo de matéria orgânica no solo, criando o ambiente perfeito para o estabelecimento de outras espécies. Pode ser utilizada para a proteção do solo, servindo como barreira contra o vento.
Neste contexto pode ser utilizada para a fixação e proteção de dunas.
É classificada como pioneira.
Se status de conservação é avaliado com pouco preocupante (LC).
| CONSERVAÇÃO |
Suas flores são uma excelente fonte de néctar para abelhas e insetos.
Os frutos oferecem alimento para diversas espécies animais como antas (Tapirus terrestris), macacos-pregos (Sapajus nigritus), lobinhos-do-mato (Cerdocyon thous), mãos-peladas (Procyon cancrivorous), cutias (Dasyprocta leporina), gambás (Didelphis aurita) e aves.
ANIMMAIS QUE SE ALIMENTAM DOS FRUTOS DO GURIRI:
ANTAS | MACACOS-PREGO | CUTIAS | GAMBÁS-DE-ORELHA-BRANCA | LOBINHOS-DO-MATO
| POLINIZAÇÃO |
Insetos e abelhas.
| DISPERSÃO |
Zoocórica
| DISPERSORES |
Antas (Tapirus terrestris), macacos-pregos (Sapajus nigritus), lobinhos-do-mato (Cerdocyon thous), mãos-peladas (Procyon cancrivorous), cutias (Dasyprocta leporina)e aves.
Cotias devem ser consideradas predadoras, no entanto costumam enterar sementes para criar estoques, contribuíndo desta maneira para a sua disseminação.
Animais pequenos como gambás não possuem bocas grandes o suficientes para poderem engolir frutos inteiros e portanto não são considerados dispersores desta espécie.
| UTILIDADE
A espécie é apícola.
| NOME |
É também chamado de buri-de-praia, caxandó, coco-de-praia ou pissandó.