ALGODÃOZINHO-DO-CAMPO – ASCLEPIAS CURASSAVICA L.
| DESCRIÇÃO |
O algodãozinho-do-campo é uma planta de hábito herbáceo, latescente, com altura de 40 – 100 cm de altura, anual ou de curta duração, que ocorre em todo Brasil.
Possui belas flores vermelho alaranjadas com capuzes amarelos, que surgem durante o ano todo.
Existem várias cultivares com diferentes cores de flores e hábito mais curto; algumas têm flores vermelhas, amarelas ou laranja brilhantes.
Possui caules simples ou ramificados, fibrosos, eretos e cilíndricos.
O látex da planta é cáustico e pode causar dor e queimação de boca e faringe, dores abdominais e inflamações oftálmicas.
| PAISAGISMO |
O algodãozinho-do-campo é cultivado como planta ornamental de jardim, em grupos formando maciços; também em forma de renque ao longo de muros e cercas.
Trata-se de uma espécie muito atrativa para borboletas, a qual pode ser encontrada em borboletários no mundo todo.
Muito usado como flor de corte, devido à longa duração das flores.
| REQUERIMENTOS |
O algodãozinho-do-campo é tolerante a diferentes tipos de solo, no entanto, aprecia solos férteis e úmidos bem drenados, ricos em matéria orgânica.
Prefere uma posição a pleno sol.
As regas devem ser regulares, mantendo o solo úmido.
| MANUTENÇÃO |
Requer pouca manutenção.
Necessita de regas em tempos de secas e adubagem quatro vezes ao ano.
| FRUTOS E SEMENTES |
Os frutos são em formato de cápsulas deiscentes, de 5 a 10 cm de comprimento, que se abrem quando maduras, liberando sementes marrons achatadas, de cauda sedosa para dispersão pelo vento.
| COMESTIBILIDADE |
O oficial-de-sala não é comestível.
| OCORRÊNCIA NATURAL |
Planta nativa da América Tropical, a espécie ocorre em todo o Brasil.
Seu habitat são as partes mais baixas e úmidas dos pastos.
Atualmente está amplamente distribuída em vários continentes pela introdução como planta ornamental e medicinal ou como contaminantes de sementes de diferentes culturas.
Normalmente são encontradas nas beiras das matas, entre as capoeiras e nos pastos recém-formados, em altitudes que vão desde o nível do mar até 1.500m.
O algodãozinho-do-campo é uma planta bastante resistente ao calor.
| RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA |
O algodãozinho-do-campo deve ser considerado uma espécie de grande importãncia para polinizadores, sendo uma espécie-chave para a alimentaçãon de borboletas.
Trata-se de uma espécie apícola.
A espécie deve ser considerada espécie-chave para o suprimento de polinizadores por florir praticamente o ano todo.
Não foi avaliada quanto à sua categoria de ameaça (NE).
Em alguns locais é considerada planta invasiva de pastagens, podendo ser venenosa para o gado.
| CONSERVAÇÃO |
O algodãozinho-do-campo é fonte de néctar para beija-flores, abelhas e borboletas diversas, sendo a principal fonte de néctar e pólen para a borboleta monarca (Danaus plexippus), estando contemplado em programas voltados para a questão ambiental, visando, em primeiro plano, a preservação dessa borboleta.
| POLINIZAÇÃO |
As flores do algodãozinho-do-campo são polinizadas por borboletas, apresentando estreita relação com a borboleta monarca (Danaus plexippus).
| DISPERSÃO |
A dispersão de sementes do oficial-de-sala é anemocórica.
| UTILIDADE I |
A espécie possui uso medicinal.
| UTILIDADE II |
As fibras do caule são usadas para fiação, em parte em mistura com algodão.
| UTILIDADE II |
As plumas das sementes são usadas como material de enchimento para travesseiros.
| NOMES COMUNS |
A espécie possui os seguintes nomes comuns: margarida, oficial-de-sala, chibanço, paina-de-sapo, pitchula-de-leite ou erva-leiteira.