TUCUM-DO-BREJO – BACTRIS SETOSA MART.
| PAISAGISMO |
O tucum-do-brejo é uma bela palmeira entouceirada com altura entre 2 e 8 m, formando touceiras densas em áreas abertas
O estipe possui entre 4 a 6 cm de diâmetro, equipado com espinhos compridos e finos, marrons ou amarelados, formando anéis nos entrenós.
As folhas são pinadas, também com espinhos.
O tucum-do-brejo é uma espécie de valor ornamental, ofereçendo um visual diferenciado.
Vem sendo muito utilizada no paisagismo, principalmente junto a espelhos de água.
A espécie tolera o plantio em vasos.
| REQUERIMENTOS |
O tucum-do-brejo tolera o plantio em todos os tipos de solos, embora prefira solos úmidos e férteis.
Pode ser posicionado no sol, na meia-sombra ou na sombra.
No entanto se desenvolve melhor na meia -sombra, em solos férteis, úmidos e com muita matéria orgânica.
Aprecia solos arenosos ou argilosos e ricos em matéria orgânica.
O tucum-do-brejo pode ser cultivado em brejos.
O requerimento em termos de água é alto.
| MANUTENÇÃO |
Requer pouca manutenção.
Após o plantio é recomendável fazer capinas periódicas ao redor da planta até ela se estabelecer no local, pois a planta morre facilmente se sufocada por outras plantas.
A espécie apresenta folhas com espinhos e portanto deve ser feita a retirada das folhas velhas em áreas urbanas.
| FRUTOS E SEMENTES |
Os frutos do tucum-do-brejo são globosos, com 1-2 cm de diâmetro; agrupados em cachos, de polpa fibrosa e suculenta.
Quando verdes, contêm pequena polpa e água no interior, como o coco-da-baía.
Quando maduros, ficam roxos a negros.
A castanha de polpa branca também é comestível.
| COMESTIBILIDADE |
Seu palmito é usado em diversas culinárias.
Seus frutos são comestíveis, com sabor agradável de uvas, podendo ser consumidos in natura.
Dos frutos são feitas geleias, sucos, doces e bolos.
Suas sementes são também comestíveis, in natura ou em forma de rapadura.
| OCORRÊNCIA NATURAL |
O tucum-do-brejo ocorre na Mata Atlântica e no Cerrado.
Pode tanto ser encontrado em terrenos alagadiços na meia-sombra, na área de nascentes como também em áreas de solo bem drenado a pleno sol, onde forma touceiras mais discretas.
A espécie suporta bem geadas de até – 3 °C.
Essa sua resistência ao frio, que vem de seu habitat até o sul do Brasil, a torna muito especial, sendo a única espécie do gênero que pode ser cultivada em climas frios.
| RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA |
O tucum-do-brejo não deve faltar em projetos de restauração ecológica, pois os seus frutos servem de alimento para diversas espécies animais, inclusive para muitos reoedores e peixes..
Suas flores são uma importante fonte de alimento para polinizadores.
Essa palmeira é classificada como pioneira, secundária inicial ou secundária tardia.
A espécie não foi avaliada quanto ao seu status de conservação (NE).
| CONSERVAÇÃO |
Trata-se de uma espécie importante para alimentação da fauna.
Seus frutos servem de alimento para cutias (Dasyprocta spp.), pacas (Cuniculus paca), caxinguelê (Sciurus ingrami), caxinguelê-cinzento (Sciurus aestuans) e peixes.
| POLINIZAÇÃO |
A polinização do tucum é feita por insetos, abelhas e besouros.
| DISPERSÃO |
Zoocórica.
| DISPERSORES |
Os dispersores de sementes do tucum são: caxinguelê (Sciurus ingrami), caxinguelê-cinzento (Sciurus aestuans) e cutias (Dasyprocta spp.).
| UTILIDADE I |
As folhas do tucum são utiliyadas para a produção de uma fibra muito forte e útil.
Estas são amplamente utilizadas na cultura indígena para a produção de redes, linhas de pesca, artesanatos, cordas de arco entre outros.
| UTILIDADE II |
Os espinhos podem ser utilizados para costura.
| UTILIDADE III |
É considerada como espécie oleaginosa, seu aproveitamento propicia a extração do óleo da polpa e da semente.
| NOMES COMUNS|
A espécie possui os seguintes nomes comuns: tucum, tucum-do-brejo, tucunzeiro, tecum, ticum, jucum, coco-uva, uva-do-cerrado e coquinho-preto.