CALIANDRA-VERMELHA-DE-FOLHAS-FINAS – CALLIANDRA TWEEDII BENTH.
| DESCRIÇÃO |
A caliandra-vermelha-de-folhas-finas é um arbusto perene, lenhoso, atingindo 1,8 a 4,7 metros de altura.
É uma espécie heliófita e seletiva higrófita.
Seus ramos, pecíolos e pedúnculos são revestidos por densa pilosidade sedosa.
Possui caule ramificado.
Suas folhas são compostas, pequenas e delicadas, com 3 a 7 cm de comprimento e coloração verde-escura.
A floração da caliandra-vermelha-de-folhas-finas é abundante e muito vistosa, o que torna essa espécie extremamente ornamental.
As flores são vermelhas, compostas por vários estames longos e finos, que são unidos por uma coroa arredondada que acabam dando à flor um aspecto de pompom.
| PAISAGISMO |
Em jardins é usada como planta isolada em meio a gramados ou em conjunto, na formação de maciços densos, renques e cercas-vivas junto a muros, cercas e grades.
As podas de formação estimulam o adensamento da planta.
Multiplica-se por sementes e por estacas.
É uma planta de crescimento moderado.
| REQUERIMENTOS |
A caliandra-vermelha-de-folhas-finas deve ser plantada em solo fértil bem drenado, preferencialmente em solo areno-argiloso.
A caliandra-vermelha-de-folhas-finas deve ser plantada sob sol pleno.
| MANUTENÇÃO |
É uma planta que requer pouca manutenção.
Basta adubar 1-2 vezes por ano com material orgânico.
| FRUTOS E SEMENTES |
Os frutos da caliandra-vermelha-de-folhas-finas são legumes lenhosos e pilosos que possuem abertura espontânea de forma explosiva, medindo 5 a 7 cm de comprimento por 8 a 9 mm de largura.
As sementes são em número de 2 a 6, ovais, duras, medindo de 7 a 9 mm de comprimento por 3 a 4 mm de largura.
| OCORRÊNCIA NATURAL |
Essa espécie é nativa da região da América do Sul que engloba Bolívia, Nordeste da Argentina, Sul e Sudeste do Brasil, Paraguai e Uruguai.
Habitam naturalmente a orla da mata ciliar e margem dos cursos de água, ocorrendo frequentemente ao longo de locais rochosos às margens de caudalosos rios, assim como em ilhas fluviais.
Por suas características morfológicas: pequeno porte, denso sistema radicular, com troncos delgados rijos porém flexíveis e seu habitat natural, a espécie enquadra-se no grupo das reófitas, ou seja, plantas resistentes às correntezas das águas durante as enchentes.
É tolerante às baixas temperaturas.
| RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA |
Seu plantio representa uma excelente opção para acelerar processos de regeneração de solos, pois faz aliança com microorganismos fixadores de nitrogênio.
É classificada como espécie pioneira.
A espécie não foi avaliada quanto à sua categoria de ameaça (NE).
| CONSERVAÇÃO |
As flores da caliandra-vermelha-de-folhas-finas oferecem alimento para polinizadores como abelhas, mamangavas, besouros, borboletas, mariposas, beija-flores e morcegos.
| POLINIZAÇÃO |
As flores da caliandra-vermelha-de-folhas-finas são polinizadas por abelhas, vespas e pequenos insetos, além de beija-flores e morcegos.
| DISPERSÃO |
A dispersão de sementes da caliandra-vermelha-de-folhas-finas é autocórica, quando os frutos de abrem de forma explosiva, lançando as sementes por vários locais, principalmente nos rios, que contribuem para carregar as sementes (hidrocoria).
| UTILIDADE I |
A caliandra-vermelha-de-folhas-finas é utilizada para a formação de bonsais.
| UTILIDADE II |
Em algumas regiões, os frutos são utilizados para obtenção de corante natural para tingimento de tecidos.
| MADEIRA |
A madeira da caliandra-vermelha-de-folhas-finas é muito utilizada em ferramentas pequenas.
| NOMES COMUNS|
A espécie possui os seguintes nomes comuns: caliandra-vermelha-de-folhas-finas, arbusto-chama, diadema, esponjinha, esponjinha-sangue, esponjinha-vermelha, mandararé, topete-de-pavão, topete-de-cardeal.