PERINHA-DO-CAMPO – EUGENIA KLOTZSCHIANA O. BERG
| DESCRIÇÃO |
A perinha-do-campo é um arbusto ou subarbusto perene que forma touceiras de 60 cm a 2 m de altura.
Sob condições de cultivo, as plantas podem atingir até 4 metros de altura.
A planta possui vários caules eretos e pouco ramificados.
O caule varia de ereto a semiprostrado, podendo formar populações clonais a partir de um sistema radicular único.
A casca é fissurada, de cor castanho escura.
As plantas são interligadas subterraneamente, caracterizando a formação de touceiras.
Os galhos longos e flexíveis são capazes de segurar uma quantidade significativa de frutos e se dobram bem com o peso adicional.
As folhas e ramos novos são densamente pilosos (com pelos curtos), sendo que as folhas possuem coloração verde-escura opaca, com textura similar ao couro com até 13 cm de comprimento e 6,2 cm de largura. .
As flores são brancas e aromáticas, medindo 2 a 3 cm de diâmetro, em cachos umbeliformes (forma de guarda-chuva).
Trata-se de um arbusto de crescimento lento
| PAISAGISMO |
Possui crescimento clonal, formando grandes touceiras.
Pode ser plantada desde o nível do mar até 1.000 m de altitude.
| REQUERIMENTOS |
A perinha-do-campo necessita de solos férteis bem drenados com muita matéria orgânica
Prefere solo ácido.
Pode ser plantada a pleno sol ou em meia sombra.
| MANUTENÇÃO |
| FRUTOS E SEMENTES |
Os frutos da perinha-do-mato são do tipo baga, com formato piriforme (em forma de pera), inusitadamente grandes para a família, com 6 a 10 cm de comprimento por 4 a 7 cm de diâmetro.
Os frutos maduros são amarelos, com grande quantidade de polpa branca-amarelada, macia e suculenta.
Os frutos contém 2 a 4 sementes ovaladas.
São bastante perecíveis, devendo ser mantidos sob refrigeração logo após sua coleta.
| COMESTIBILIDADE |
Os frutos da perinha-do-campo são comestíveis, consumidos in natura, ou sob a forma de sucos (limonada-de-cabacinha-do-campo), ou como sorvetes, bolos, mousses, compotas e geleias.
Os frutos possuem alto valor nutricional, destacando-se o teor de fibras e ferro.
| OCORRÊNCIA NATURAL |
Nativa do cerrado brasileiro, a perinha-do-mato é uma planta de clima tropical com distribuição restrita, ocorrendo em regiões de cerrado restrito, cerrado ralo, campo sujo e campo limpo.
Pode ser plantada desde o nível do mar até 1.000 m de altitude.
A espécie tolera geadas de até -3°C.
É resistente a períodos de seca.
| RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA |
Pelo fato de ocorrer em touceiras, a perinha-do-cerrado é indicada para contenção de erosões em terrenos degradados.
A perinha-do-mato não pode faltar em projetos de recuperação dos cerrados.
É classificada como pioneira.
A espécie é classificada na categoria pouco preocupante (LC) em relação ao risco de extinção, ou seja, uma categoria de risco mais baixo.
Porém, no estado de São Paulo é classificada como vulnerável (VU) pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (2004).
A crescente destruição do bioma cerrado certamente é o fator preponderante que tem levado a espécie ao quase desaparecimento.
| CONSERVAÇÃO |
Suas flores são muito procuradas por abelhas.
Os frutos oferecem alimento para antas (Tapirus terrestris), lobos-guarás (Chrysocyon brachyurus), lobinhos-do-mato (Cerdocyon thous) e uma grande diversidade de aves.
| POLINIZAÇÃO |
A polinização da perinha-do-campo é realizada por abelhas.
| DISPERSÃO |
Zoocórica.
| DISPERSORES |
A perinha-do-campo tem suas sementes dispersas por mamíferos terrestres.
| UTILIDADE I |
Trata-se de uma planta medicinal, apresenta óleos essenciais com ação antioxidante.
| UTILIDADE II |
A perinha-do-mato pode ser utilizada para a formação de bonsais.
| MADEIRA |
| NOMES COMUNS |
A espécie possui os seguintes nomes comuns: perinha-do-campo, cabamixá-açú, cabacinha, cabacinha-do-campo.