GOIABA-SERRANA – FEIJOA SELLOWIANA (O.BERG) O.BERG
| PAISAGISMO |
A goiaba-serrana ou feijôa é um arbusto ou uma árvore perenifolia de 3 a 7 metros de altura.
O DAP chega a medir 15 a 20 cm.
Trata-se de uma planta de florada muito ornamental.
Sua florada abundante faz da goiaba-serrana uma excelente opção para projetos de paisagismo, razão pela qual é muito utilizada em projetos paisgísticos no exterior.
Possui crescimento lento.
| FRUTOS E SEMENTES |
Os frutos grandes verdes medem 30 a 80 mm de tamanho.
| COMESTIBILIDADE |
Os saborosos frutos são comestíveis e muito apreciados in natura ou em forma de sucos, geléias, sorvetes, sorbets e bolos.
É importante retirar a casca amarga antes do consumo.
A goiaba-serrana é pouco conhecida e utilizada no Brasil, no entanto é muito apreciada e cultivada no exterior.
Além disso, as belas flores também são comestíveis e possuem um sabor doce e frutífero.
São perfeitas para decorar pratos ou saladas.
| REQUERIMENTOS |
A goiaba-serrana se desenvolve bem na meia-sombra ou a pleno sol.
Tolera todos os solos, mas se desenvolve melhor a pleno sol em solos férteis, úmidos e bem drenados, contendo muita matéria orgânica.
Costuma produzir mais frutos quando posicionada a pleno sol.
| MANUTENÇÃO |
É uma planta de fácil cultivo, que requer moderada manutenção.
Dá um pouco de trabalho em áreas urbanas, onde flores, folhas e frutos caídos precisam ser retirados.
É recomendável adubar com material orgânico duas vezes por ano.
Recubra o solo na área correspondente á copa mais um anel de cerca de 50 cm de largura.
O material orgânico pode ser terra de compostagem, misturas á base de esterco, húmus de minhoca ou serrapilheira.
| OCORRÊNCIA NATURAL |
A espécie ocorre naturalmente em espaços abertos, bordas de florestas e florestas de araucárias acima de 800 metros de altitude.
Tolera secas e condições costeiras.
Possui tolerância moderada a ventos fortes.
Tolera geadas até – 6°C.
| RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA |
A goiaba-serrana não deve faltar em projetos de restauração ecológica, já que se trata de uma espécie-chave para o suprimento da fauna.
Seus frutos servem de alimento para muitos mamíferos, especialmente aqueles de grande porte, e suas flores oferecem néctar para polinizadores.
Trata-se de uma espécie-chave muito importante para a restauração em áreas de altitudes acima de 1000 metros de altitude, pois é uma das poucas plantas que produzem frutos grandes nestas altitudes, sendo indispensável para o suprimento de animais de médio e grande porte.
É classificada como pioneira ou secundária inicial.
A espécie não foi avaliada quanto ao seu status de conservação (NE).
| CONSERVAÇÃO |
Suas flores são muito procuradas por aves, abelhas e insetos.
Os frutos ofereçem alimento para muitos mamíferos de pequeno, médio e grande porte.
Entre os mamíferos encontramos espécies como catetos (Pecari tayacu), veados-catingueiros (Mazama gouazhoubira), lobinhos-do-mato (Cerdocyon thous), pacas (Cuniculus paca), tayras (Eira barbara), quatis (Nasua nasua), gambás-de-orelha-preta (Didelphis aurita), graxains (Lycalopex gymnocercus), gatos-do-mato-pequenos (Leopardus guttulus) e onças-pardas (Puma concolor). E também gralhas-azuis (Cyanocorax caeruleus), tiribas-de-testa-vermelha (Pyrrhura frontalis), jacugaçus (Penelope obscura), sacuras-do-mato (Aramides saracura), inhambus-de-coroa-preta (Cryptorellus atrocapillus), gaviões-pretos (Urubitinga urubitinga) e diversas espécies de aves menores se nutrem dos frutos da goiaba-serrana.
ANIMAIS QUE SE ALIMENTAM DAS GOIABAS-SERRANAS:
TAÍRAS | QUATIS | ONÇAS-PARDAS | LOBINHOS-DO-MATO | VEADO-CATINGUEIROS
POLINIZAÇÃO |
Aves, abelhas e insetos.
DISPERSÃO |
Zoocórica.
DISPERSORES |
Lobinhos-do-mato (Cerdocyon thous), graxains (Lycalopex gymnocercus), pacas (Cuniculus paca), tayras (Eira barbara), quatis (Nasua nasua), gambás-de-orelha-preta (Didelphis aurita), gatos-do-mato-pequenos (Leopardus guttulus), onças-pardas (Puma concolor), gralhas-azuis (Cyanocorax caeruleus), tiribas-de-testa-vermelha (Pyrrhura frontalis), jacugaçus (Penelope obscura), sacuras-do-mato (Aramides saracura), inhambus-de-coroa-preta (Cryptorellus atrocapillus) e gaviões-pretos (Urubitinga urubitinga)
Catetos não são bom dispersores, pois devem ser considerados predadores de sementes, já que mastigam os frutos, fazendo com que as sementes percam a capacidade de germinação.
POLLINIZADORES |
Aves, insetos e abelhas.
UTILIDADE I |
Trata-se de uma planta medicinal.
UTILIDADE II |
A espécie é apícola.
MADEIRA |
Sua madeira moderadamente pesada (0,75 g/cm³) é bem durável e utilizada para construção interna e externa e a produção de postes e de carvão.