FRUTO-DE-ARARA – JOANNESIA PRINCEPS VELL.
| PAISAGISMO |
O fruto-de-arara é uma bela árvore semi-decídua com 6 a 23 m de altura.
Seu tronco ereto chega a medir 40 – 60 cm de diâmetro.
Sua floração é muito ornamental, com flores belíssimas.
A copa é cilíndrica ou alongada e densa.
Apresenta tronco de cor cinzenta fissurado.
Trata-se de uma espécie interessante para o paisagismo, mas é necessário cautela com o plantio em áreas urbanas, pois seus frutos são muito grandes e pesados.
É uma planta de crescimento rápido
| REQUERIMENTOS |
Tolera todos os solos, contanto que sejem secos ou úmidos bem drenados.
Pode ser plantado no sol ou na meia-sombra.
Não tolera solos enxarcados.
| MANUTENÇÃO |
É uma planta que requer moderada manutenção.
Basta adubar com material orgânico duas vezes por ano.
É recomendável recobrir o solo com 2 cm do material orgânico na área correspondente á copa mais um anel de cerca de 50 cm de largura .
O material orgânico pode ser terra de compostagem, misturas á base de esterco, húmus de minhoca ou serrapilheira.
Dá um pouco de trabalho na hora da frutificação.
| FRUTOS E SEMENTES |
O fruto grande é deiscente, de formato oval, com 6-11 cm de diâmetro.
Possui 2 a 3 sementes, com cerca de 4 × 2,5 cm..
As sementes possuem 37% de óleo.
É uma espécie de frutificação abundante.
Inicia a frutificação 4 a 5 anos após o plantio.
| COMESTIBILIDADE |
As sementes podem ser consumidas como castanhas após torradas.
O arilo oleaginoso que recobre parte das sementes pode ser consumido, apesar de ter um final amargo.
| OCORRÊNCIA NATURAL |
O fruto-de-arara ocorre naturalmente na Mata Atlântica e na Caatinga.
Ocorre predominantemente em áreas com solos bem drenados.
Nas áreas ciliares ocorre somente em locais ausentes de inundações constantes, podendo ser encontrada primariamente em solos argilosos.
A espécie é resistente a períodos de seca.
Tolera inundações periódicas.
| RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA |
Por produzir grande quantidade de frutos que servem de alimento para a fauna, esta árvore não deve faltar em projetos de restauração ambiental.
A espécie é dióica, sendo necessário plantar um mínimo de 4 mudas com uma certa proximidade para garantir que a planta possa se reproduzir.
Com 4 a 6 mudas, é relativamente alta a probabilidade de que haverá plantas femininas e masculinas dentro do ecossistema.
É classificada como pioneira a secundária inicial.
A espécie não foi avaliada quanto ao seu status de conservação (NE).
| CONSERVAÇÃO |
Trata-se de uma espécie importante para polinizadores.
Os frutos servem como alimento para pacas (Cuniculus paca), cutias-marrons (Dasyprocta azarae), cutias-de-crista (Dasyprocta leporina), macacos-prego (Sapajus nigritus), caxinguêles (Sciurus ingrami) e aves como araras.
– ANIMAIS QUE SE ALIMENTAM DE FRUTOS-DE-ARARA –
MACACOS-PREGO | CAXINGUÊLES | CUTIAS | PACAS
| POLINIZAÇÃO |
O fruto-de-arara é polinizado por abelhas e vários pequenos insetos.
| DISPERSÃO |
Zoocórica (animais) e Barocórica (gravidade).
| DISPERSORES |
As sementes são dispersas por roedores como pacas (Cuniculus paca), cutias-marrons (Dasyprocta azarae), cutias-de-crista (Dasyprocta leporina), macacos-prego (Sapajus nigritus), caxinguêles (Sciurus ingrami) e aves com araras.
| UTILIDADE I |t
Trata-se de uma planta medicinal.
| UTILIDADE II |
As sementes fornecem óleo para fins industriais e iluminação, fabricação de tintas, azeite e sabão.
| MADEIRA |
Seu tronco exsuda llátex vermelho quando ferido.
Sua madeira leve e porosa é utilizada em marcenaria, caixotaria leve, obras internas, artefatos de madeira, brinquedos, tamancos, forros, canoas, jangadas, peças navais, miolo de painéis e portas, palitos de fósforos de excelente qualidade.
| NOMES COMUNS|
Seus nomes comuns são boleira, andá, andá-açu, bagona, cotieira, fruta-de-arara, dandá e fruta-de-cotia.