CAMBUÍ – MYRCIA SELLOI (SPRENG.) N. SILVEIRA
| DESCRIÇÃO |
O cambuí é uma árvore semidecídua com copa baixa, densa e ereta, mais larga que alta, podendo atingir entre 4 e 6 m de altura e 20 a 30 cm de diâmetro.
A tronco do cambuí é muito ornamental, de coloração marrom, com manchas acinzentadas muito características e chamativas, descamante, muito liso e com galhos retorcidos.
As folhas são verde-escuras, brilhantes e muito pequenas, com cerca de 1,0-1,5 cm.
A floração é extremamente abundante, recobrindo a planta de pequenas flores brancas e aromáticas.
| PAISAGISMO |
O cambuí possui grande valor ornamental, seja pelo lindo aspecto da arvoreta, como pela exuberância de floração e frutificação.
Uma baixa taxa de germinação pode ser esperada, com a semente germinando dentro de 30 a 50 dias. As mudas se desenvolvem lentamente e levará mais 8 meses ou mais até que estejam prontas para serem transplantadas.
A espécie apresenta crescimento lento.
Devido à sua baixa estatura pode ser plantada em calçadas, sob fiação elétrica.
Pode ser cultivado em vasos e espaços pequenos.
| REQUERIMENTOS |
O cambuí deve ser cultivado em locais a meia sombra, podendo se desenvolver também a pleno sol.
Prefere solos férteis e úmidos.
É uma espécie rústica e de fácil cultivo.
O cambuí é uma planta com elevado consumo de água.
| MANUTENÇÃO |
O cambuí requer moderada manutenção.
Basta adubá-lo duas vezes ao ano ( antes da florada e depois da frutificação).
| FRUTOS E SEMENTES |
Os frutos do cambuí são do tipo drupa globosa, lisos e brilhantes, pequenos, com 0,5-0,8 cm, vermelho-escarlates a pretos. Os frutos possuem 1 ou 2 sementes.
| COMESTIBILIDADE |
Os frutos do cambuí são comestíveis, consumidos in natura, possuindo um sabor que lembra bastante o da pitanga (Eugenia uniflora).
| OCORRÊNCIA NATURAL |
O cambuí é nativo do Brasil, característico da floresta semidecídua de altitude e mata de pinhais. Ocorre naturalmente no norte da Argentina, Brasil (de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul), Paraguai e Uruguai.
| RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA |
O cambuí apresenta excelente potencial apícola.
É classificada como secundária tardia.
| CONSERVAÇÃO |
Bugios-marrons (Alouatta guariba) e várias espécies de aves consomem os frutos do cambuí, dentre elas a saíra-de-sete-cores (Tangara seledon), a saíra-militar (Tangara cyanocephala), o gaturamo-verdadeiro (Euphonia violacea), o tangarazinho (Ilicura militaris) e o sanhaço-cinzento (Thraupis sayaca).
| POLINIZAÇÃO |
A polinização do cambuí é realizada por abelhas.
| DISPERSÃO |
Zoocórica.
| DISPERSORES |
O cambuí tem suas sementes dispersas por bugios-marrons (Alouatta guariba) e aves: saíra-de-sete-cores (Tangara seledon), a saíra-militar (Tangara cyanocephala), o gaturamo-verdadeiro (Euphonia violacea), o tangarazinho (Ilicura militaris) e o sanhaço-cinzento (Thraupis sayaca).
| UTILIDADE I |
Trata-se de uma planta medicinal.
| UTILIDADE II |
O cambuí pode ser utilizado para a formação de bonsais.
| MADEIRA |
A madeira do cambuí é compacta, durável, moderadamente pesada, muito elástica, resistente a choques mecânicos.
É utilizada para postes, cabos de ferramentas e vigas, e também como lenha.
| NOMES COMUNS |
A espécie possui os seguintes nomes comuns: cambuí, cambuizinho-vermelho, camboim