MANDUIRANA – SENNA MACRANTHERA (DC. EX COLLAD.) H.S.IRWIN & BARNEBY
| PAISAGISMO |
A manduirana é uma belíssima árvore ou arbusto, semidecídua ou decídua durante o inverno, heliófita, atingindo 5 a 7 m de altura com copa baixa e globosa, apresentando tronco cilíndrico de 20 a 30 cm de diâmetro, revestido por casca acinzentada com ritidoma pouco estriado.
A árvore pode ser cultivada por sua magnífica floração outonal, muito vistosa, em cachos ou bolas, de coloração amarelo-ouro.
Por seu porte médio pode ser aproveitada em ruas estreitas, sob redes elétricas.
Deve-se tomar cuidado com o seu posicionamento, pois os seus galhos quebram fácil com ventos fortes.
Possui crescimento rápido.
| REQUERIMENTOS |
Pode ser plantada a pleno sol ou na meia-sombra (bosques com árvores grandes bem espaçadas).
Tolera quase todos os solos, mas se desenvolve com todo esplendor em solos férteis ricos em matéria orgânica.
| MANUTENÇÃO |
Requer moderada manutenção.
Basta adubar com material orgânico duas vezes por ano.
Recubra o solo na área correspondente à área da copa mais um anel de cerca de 50 cm de largura.
O material orgânico pode ser terra de compostagem, misturas à base de esterco, húmus de minhoca ou serrapilheira.
Somente a retirada das folhas caídas dá um pouco de trabalho.
| FRUTOS E SEMENTES |
O fruto é uma vagem cilíndrica esverdeada, deiscente (que se abre numa lateral), medindo 15 a 35 cm de comprimento por 1 a 1,6 cm de diâmetro, com arilo esverdeados nas cavidades internas e cada uma com uma semente pequena achatada.
As sementes são arredondadas, duras, brilhantes e com coloração marrom-clara, com 0,5 cm.
| COMESTIBILIDADE |
Os frutos são comestíveis, devem ser colhidos para consumo ainda verdes quando estiverem bem macios e com a polpa bem liquida.
Basta dar uma leve pressionada e a casca se rompe deixando sair uma polpa sucosa, verde, de sabor que lembra uma limonada bem doce.
| OCORRÊNCIA NATURAL |
Ocorre naturalmente em uma ampla variedade de habitats, desde florestas de áreas úmidas até semiáridas em diferentes faixas de altitude.
Espécie muito frequente em formações secundárias de regiões de altitude e rara no interior da floresta primária densa.
Ocorre na Caatinga, Cerrado (cerradão, floresta ciliar), Mata Atlântica (floresta estacional, floresta ombrófila).
Pode ser plantada numa altitude de 200 a 800m.
Tolera geadas até -3°C.
| RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA |
A manduirana não deve faltar em projetos de restauração ecológica, pois é uma excelente produtora de biomassa devido ao seu crescimento rápido, a florada abundante e por ser decídua ou semi-decídua, fornecendo grandes quantias de flores, folhas e “galhos”.
Além disso, é uma espécie que faz aliança com microrganismos produtores de nitrogênio, contribuindo para a regeneração do solo.
É classificada como pioneira.
A espécie não foi avaliada quanto ao seu status de conservação (NE).
| CONSERVAÇÃO |
As flores produzidas durante o outono fornecem alimento para insetos e aves durante o inverno.
Os frutos amadurecem no inverno e servem como alimento para as aves.
| POLINIZAÇÃO |
Insetos: mamangavas (Xylocopa frontalis) e abelhas arapuá (Trigona spinipes)
| DISPERSÃO |
Autocórica, Barocórica, Zoocórica
| UTILIDADE I |
Possui uso medicinal.
| MADEIRA |
Madeira leve, macia e de baixa durabilidade.
A madeira é empregada em construções rústicas, em caráter provisório, e em confecção de caixotes, brinquedos e esculturas.
| NOMES COMUNS|
A espécie possui os seguintes nomes comuns: manduí, canudo-de-pito-arbóreo, fava-do-mato, fedegoso-do-mato, mamangá, manduirana, pau-fava e tararaçu.