JERIVÁ – SYAGRUS ROMANZOFFIANA (CHAM.) GLASSMAN
| PAISAGISMO |
O jerivá é uma bela palmeira de 7 a 15 metros de altura. O DAP chega a medir 30n a 50cm.
Trata-se de uma espécie ornamental, muito utilizada na arborização de ruas e projetos paisagísticos em todo o país e no exterior.
Suas belas inflorescências amarelo claras surgem o ano todo em forma de cachos pendentes.
O jerivá é uma planta que necessita de poucos cuidados e a qual é muito resistente a condições ambientais adversas.
Resiste muito bem ao transplante, mesmo os indivíduos adultos.
Além disso, o jerivá é de extrema importância ecológica tanto nas áreas urbanas como também nas florestas e paisagens, pois os seus frutos nutrem inúmeras espécies animais e suas flores oferecem alimento para polinizadores como as abelhas.
Ela é uma ótima opção para quem quiser atrair pássaros para o seu jardim ou espaço verde.
No paisagismo pode ser utilizada no projetos urbanos, em projetos de paisagem e planejamento ambiental.
Possui crescimento moderado a rápido.
| FRUTOS E SEMENTES |
Seus belos frutos laranjas chegam a medir 10 a 30 mm.
A palmeira leva de 5 a 6 anos até começar a produzir os frutos.
| COMESTIBILIDADE |
Tanto a polpa, como as sementes encontradas dentro dos coquinhos são comestíveis.
A polpa pode ser consumida in natura ou ser utilzada para a produção de doces, geléias, mostardas e sorvetes.
As sementes possuem um sabor parecido com amendoim e podem ser utilizados para a produção de azeite.
O palmito amargo do jerivá também é comestível, mas vale a pena lembrar que a sua colheita acaba matando a palmeira.
O consumo exclusivo de palmitos provenientes de cultivo é altamente recomendável, se quisermos manter as florestas e ecosistemas intactos e vivos a longo prazo.
O palmito da pupunha (Bactris gaipaes) ou do açaí (Euterpe oleracea) representam uma boa alternativa, pois estão sendo cultivados em grandes quantias.
No entanto deve-se averiguar a origem do produto, pois somente palmitos de cultivo irão causar menos danos.
| REQUERIMENTOS |
O jerivá tolera todos os tipos de solo e se desenvolve bem na meia-sombra ou a pleno sol.
No entanto se desenvolve melhor em solos férteis e úmidos bem drenados, contendo muita matéria orgânica.
Quando jovem, esta palmeira aprecia o sombreamento parcial.
| MANUTENÇÃO |
É uma planta de fácil cultivo. que requer pouca manutenção.
Bata adubar com material orgânico duas vezes por ano.
Recobrir o solo na área correspondente á copa mais um anel de cerca de 50cm de largura.
O material orgânico pode ser terra de compostagem, misturas á base de esterco, húmus de minhoca ou serrapilheira. Em áreas urbanas é aconselhável retirar as folhas secas regularmente para obter um belo visual.
| OCORRÊNCIA NATURAL |
A espécie ocorre naturalmente numa grande variedade de ambientes, como restingas, florestas montanas, cerradão, em regiões costeiras e ao longo de rios, sendo tolerante a inundações temporárias.
Resiste a geadas de até – 10°C.
Possui tolerância alta a ventos fortes.
Não tolera o plantio em áreas permanentemente enxarcadas.
| RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA |
O jerivá não deve faltar em projetos de restauração ecológica.
Trata-se de uma espécie-chave para o suprimento da fauna.
Seus frutos servem de alimento para muitas espécies animais e suas flores oferecem néctar para polinizadores. Floresce e frutifica praticamente o ano todo, inclusive na estação seca, época de escassez natural de água e alimentos.
É classificada como espécie pioneira, secundária inicial ou secundária tardia.
Seu status de conservação ainda não foi avaliado.
| CONSERVAÇÃO |
Suas flores são uma excelente fonte de néctar para abelhas e insetos.
Os frutos oferecem alimento para macacos-prego (Sapajus nigritus), macacos-prego-de-cresta (Sapajus robustus), bugios-marrons (Alouatta guariba), muriquis-do-sul (Brachyteles arachnoides), antas (Tapirus terrestris), taiaçus (Tayassu pecari), catetos (Pecari tajacu), lobinhos-do-mato (Cerdocyon thous), graxains (Lycalopex gymnocercus), tayras (Eira barbara), quatis (Nasua nasua), cutias (Dasyprocta leporina), caxinguêles (Sciurus aestuans), gambás-de-orelha-branca (Didelphis albiventris), gambás-de-orelha-preta (Didelphis aurita), pequenos roedores, morcegos, tucanos-de-bico preto (Ramphastos vitellinus), tucanos-de-bico-verde (Ramphastos dicolorus), araçaris (Pteroglossus sp.), jacuguaçus (Penelope obscura), jacupembas (Penelope superciliaris) e muitas espécies de aves pequenas.
– ANIMAIS QUE SE ALIMENTAM DOS FRUTOS DO JERIVÁ –
QUATIS | TAIAÇUS | BUGIOS-MARRONS | TAIRAS | CACINGUÊLES
| POLLINIZAÇÃO |
Insetos e abelhas.
| DISPERSÃO |
Zoocórica.
| DISPERSORES |
Macacos-prego (Sapajus nigritus), macacos-prego-de-cresta (Sapajus robustus), bugios-marrons (Alouatta guariba), muriquis-do-sul (Brachyteles arachnoides), antas (Tapirus terrestris), lobinhos-do-mato (Cerdocyon thous), graxains (Lycalopex gymnocercus), tayras (Eira barbara), quatis (Nasua nasua), cutias (Dasyprocta leporina), caxinguêles (Sciurus aestuans), gambás-de-orelha-branca (Didelphis albiventris), gambás-de-orelha-preta (Didelphis aurita), morcegos, tucanos-de-bico preto (Ramphastos vitellinus), tucanos-de-bico-verde (Ramphastos dicolorus), araçaris (Pteroglossus sp.), jacuguaçus (Penelope obscura), jacupembas (Penelope superciliaris) e muitas espécies de aves pequenas.
Taiaçus e catetos devem ser considerados predadores de sementes por mastigarem ou despedaçarem as sementes mastigando ou mordendo.
Cutias também devem ser consideradas predadoras, no entanto costumam enterar sementes para criar estoques, contribuíndo desta maneira para a sua disseminação.
| UTILIDADE I |
Trata-se de uma planta medicinal.
| UTILIDADE II |
A espécie é apícola.