ERVA-BALEEIRA – VARRONIA CURASSAVICA JACQ.
| PAISAGISMO |
A erva-baleeira é um subarbusto ou arbusto heliofilo, podendo chegar a 2,5 m de altura.
A erva-baleeira é muito ornamental, produz pequenas flores brancas em espigas, que posteriormente dão origem a uma grande quantidade de pequenos frutos de coloração vermelho vivo, quando amadurecem.
Trata-se de um arbusto muito ramificado, heliófilo, que possui folhas aromáticas, as quais exalam um perfume parecido com salvia.
| REQUERIMENTOS |
A erva-baleeira é uma planta de crescimento vigoroso e de fácil cultivo, que se desenvolve melhor em clima tropical e subtropical quente, caracterizada por formar densos agrupamentos em terrenos úmidos no litoral.
Prefere solos arenosos, úmidos e férteis e pouco ácidos.
A planta prefere áreas abertas e ensolaradas, no entanto é capaz de tolerar certo grau de sombreamento.
| MANUTENÇÃO |
A erva-baleeira é uma planta de fácil cultivo que requer moderada manutenção.
Basta adubar duas vezes ao ano. Recubra o solo com 2-3 cm do material orgânico na área correspondente à copa mais um anel de 50 cm.
O material orgânico pode ser terra de compostagem, misturas à base de esterco, húmus de minhoca ou serrapilheira.
Aproveite a manutenção para descompactar o solo superficial, facilitando desta maneira a absorção de água pelo solo.
| FRUTOS E SEMENTES |
Os frutos da erva-baleeira são pequenos, esféricos e quando maduros possuem coloração vermelha, medindo aproximadamente 0,4 cm, contendo uma única semente.
| COMESTIBILIDADE |
Algumas poucas iniciativas, ainda muito pontuais, apontam para o uso gastronômico das folhas da erva-baleeira, devido ao seu aroma característico e peculiar, muito semelhante aos temperos industrializados, tendo recebido um nome comum bastante contemporâneo: “erva-caldo-knorr”.
| OCORRÊNCIA NATURAL |
A espécie é nativa da América do Sul e encontrada em todo Brasil, em uma grande amplitude de habitats, como praias, restingas, florestas e cerrados.
É mais comumente encontrada em restingas subarbustivas ou arbustivas e mais raramente encontrada em solos úmidos nas capoeiras da Floresta Ombrófila Densa.
Nos demais locais, é frequente em pastagens, terrenos, beira de estradas, terrenos baldios e de matas alteradas.
| RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA |
A erva-baleeira deve ser considerada uma espécie-chave para alimentação da avifauna e de polinizadores.
Floresce e frutifica quase o ano todo.
Em alguns locais é considerada invasiva, pois tende a formar agrupamentos.
A espécie não foi avaliada quanto à sua categoria de ameaça (NE).
| CONSERVAÇÃO |
A erva-baleeira destaca-se como uma importante fonte de recursos florais, por apresentar uma floração contínua ao longo do ano.
Seus frutos servem de alimento para um grande número de espécies de aves.
| POLINIZAÇÃO |
As flores da erva-baleeira são polinizadas por moscas, abelhas e borboletas.
| DISPERSÃO |
A dispersão de sementes da erva-baleeira é zoocórica.
| DISPERSORES |
As sementes da erva-baleeira são amplamente dispersas pela avifauna.
| UTILIDADE I |
A espécie possui uso medicinal.
O uso principal da erva-baleeira é a extração de óleo essencial de suas folhas, o qual é usado para a produção de anti-inflamatórios.
O rendimento de óleo essencial varia de planta para planta, conforme o clima e o horário de colheita.
| UTILIDADE II |
A erva-baleeira atrai insetos adultos da larva minadora dos citrus, podendo ser utilizada como planta armadilha, sendo assim, recomenda-se seu plantio no perímetro dos pomares e a catação periódica dos besouros atraídos.
| UTILIDADE III |
Além das propriedades medicinais, estudos têm demonstrado diversas atividades biológicas da erva-baleeira, como por exemplo, toxicidade à larva do mosquito Aedes aegypti, transmissor de várias doenças.
Existe interesse na ampliação de estudos sobre esta espécie, principalmente aqueles voltados para a seleção de genótipos com atividade biológica sobre pragas agrícolas e insetos vetores de doenças.
| NOMES COMUNS|
A espécie possui os seguintes nomes comuns: erva-baleeira, caimbê-preto, caramona, salicina, camarinha, catinga-de-barão, cordia, maria-rezadeira.