MULUNGU-DO-LITORAL – ERYTHRINA SPECIOSA ANDREWS
| PAISAGISMO |
O mulungu-do-litoral é uma linda árvore ou arbusto, decídua, com 2 a 5 metros de altura.
O DAP varia entre 15 a 25 cm.
Trata-se de uma árvore muito ornamental de florada vermelha exuberante.
Existem também cultivares de flores cor de rosa e salmão.
Vem sendo muito utilizada no paisagismo devido a suas flores vistosas, facilidade de cultivo e pequeno porte.
É muito utilizada para a arborização de ruas, praças, espaços públicos, casas de campo e jardins espaçosos.
Sua florada ocorre no inverno, justamente quando a árvore perde suas folhas, destacando ainda mais todo o esplendor das suas flores.
É de grande importância para o suprimento da avifauna por florir na estação seca, época de escassez natural de alimento e água.
Por esta razão o mulungu-do-litoral representa uma excelente opção para atrair a avifauna, inclusive beija-flores.
Tronco e galhos possuem espinhos, oferecendo um visual diferenciado.
Produz boa sombra no verão e permite a passagem de luz no inverno, já que perde as folhas nessa época do ano. permanecendo sem folhas durante a floração.
Esta espécie não possui um sistema radicular muito agressivo e por isso pode ser cultivado próximo de áreas calçadas.
É muito adequada para uso no estabelecimento de um jardim florestal.
Pode ser utilizada como cerca-viva para impedimento de passagem.
É uma árvore de crescimento rápido.
| REQUERIMENTOS |
Deve ser cultivada a pleno sol, em solos férteis e úmidos, preferencialmente ricos em matéria orgânica.
| MANUTENÇÃO |
O mulungu-do-litoral requer moderada manutenção.
Basta adubar com material orgânico duas vezes por ano e remover galhos secos ou doentes.
A adubação deve ser feita uma vez antes da florada e a segunda após a frutificação.
Recubra o solo na área correspondente á área da copa mais um anel de cerca de 50cm de largura.
O material orgânico pode ser terra de compostagem, misturas á base de esterco, húmus de minhoca ou serrapilheira.
Somente a retirada das flores caídas dá um pouco de trabalho.
| FRUTOS E SEMENTES |
Seu fruto é uma vagem curta, deiscente, com 1-5 sementes
| COMESTIBILIDADE |
O fruto não é comestível.
Todas as espécies de Erythrina contêm quantidades maiores ou menores de alcaloides tóxicos – elas podem ser encontradas em todas as partes da planta, mas geralmente são mais concentradas nas sementes.
| OCORRÊNCIA NATURAL |
Nativa da Mata Atlântica, natural de florestas fluviais e planícies úmidas, ela aprecia a umidade, vegetando bem em terreno brejosos, à beira de rios e no litoral.
| RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA |
O mulungu-do-litoral não deve faltar em projetos de restauração ecológica.
Trata-se uma espécie-chave para o suprimento da avifauna.
As flores do mulungu são importante fonte alimentar para as aves, principalmente no inverno.
Além disso suas flores oferecem néctar para polinizadores.
Floresce na estação seca, época de escassez natural de água e alimentos.
Trata-se de uma espécie de grande importância para a regeneração do solo, pois é uma excelente produtora de biomassa, por ser uma espécie decídua e produzir florada abundante.
Além disso possui folhas ricas em nutrientes que fazem uma excelente cobertura para enriquecer o solo.
É também uma espécie que faz aliança com microorganismos produtores de nitrogênio, contribuindo para a regeneração do solo.
É classificada como pioneira ou secundária tardia.
A espécie não foi avaliada quanto ao seu status de conservação (NE).
| CONSERVAÇÃO |
Suas flores são importantes para aves nectarívoras e polinizadores.
Suas flores vistosas atraem saís, sanhaços (Thraupis spp.), cambacicas (Coereba flaveola) e psitacídeos.
| POLINIZAÇÃO |
Abelhas e principalmente beija-flores.
| DISPERSÃO |
Autocórica
| UTILIDADE I |
Trata-se de uma planta medicinal.
| UTILIDADE II |
Atualmente tem sido empregada para formação de cercas vivas.
| UTILIDADE III |
Sua casca produz uma tintura amarela e tem propriedade tânica.
As flores maceradas produzem uma tinta amarelo-avermelhada.
| UTILIDADE IV |
É utilizada para sombreamento de cacaueiros.
| MADEIRA |
Sua madeira é leve, lisa, mole, porosa e pouco durável.
É utilizada em caixotaria.
| NOMES COMUNS|
Seus nomes comuns são mulungu-do-litoral, corticeira, eritrina-vermelha, mulungu, muxoxo, sananduva, saranduba ou suinã.