TAMANDUÁ-BANDEIRA
MYRMECOPHAGA TRIDACTYLA


Peso30 - 52 kg
Tamanhocomprimento | até 200 cm
cauda | 65 - 90 cm
HabitatAmerica Central e América do Sul
ocorrem em florestas tropicais, cerrado, campos rupestres, campos limpos e nas margens de rios e pântanos no Brasil todo, com exceção da região sul
Longevidade14 anos
Número de filhotes1 filhote por ano
Alimentoformigas, cupins, larvas, centopeias, vermes
Curiosidadeconsomem até 30.000 insetos por dia, sendo muito importantes para o controle populacional de cupins e formigas

possuem uma língua comprida e pegajosa com até 60 cm de comprimento, que é, junto com as garras, a ferramenta mais importante na busca por alimentos

possuem "perneiras", as quais lhes permitem se locomover em ambientes hostis com gramas cortantes e arbustos espinhentos

são importantes dispersores de microorganismos, contribuíndo desta maneira para a regeneração dos solos e um crescimento saudável das plantas, pois muitos destes microorganismos são importantes fornecedores de nutrientes para as plantas

O tamanduá-bandeira é o maior de todos os tamanduás e facilmente reconhecível pelo seu focinho comprido, sua orelhinha pequena, suas “perneiras” formadas por pelo das pernas dianteiras, a cauda enorme parecida com uma bandeira e as grandes garras. Se locomovem de maneira muito característica, pois andam em cima de seus punhos, com as garras viradas para trás.

É uma animal muito adaptável, que pode ser encontrado em florestas tropicais, cerrado, campos rupestres, campo limpos e nas margens de rios e pântanos contanto que ali existam formigas e cupins. Ocorre na Argentina, na Bolívia, no Brasil, na Colômbia, Costa Rica, Guiana Francesa, Honduras, Nicarágua, Panamá, Peru, Paraguai, Suriname e Venezuela. No Brasil o tamanduá-bandeira existiu em todos os estados, mas foi extinto no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Os tamanduás-bandeira são conhecidos por sua preferência por formigas e cupins, contribuindo desta maneira para o controle populacional destes invertebrados. Tamanduás se alimentam de insetos como formigas, cupins, larvas e vermes. Tendo a vista fraca, é o olfato superdesenvolvido que lhes permite achar os seus alimentos. Chegam a comer até 35.000 insetos por dia. Por não possuírem dentes, os engolem sem mastigar. Para chegar na sua comida usam suas garras fortes cavando e a língua comprida e pegajosa. A língua pode atingir até 60cm de comprimento e é coberta por uma saliva viscosa, sendo a ferramenta mais importante na procura por alimentos. Os insetos ficam “grudados“ nela, podendo assim serem engolidos. Os seus ataques aos formigueiros duram menos de um minuto, já que os insetos se defendem com injeções de venenos dolorosos.

Os tamanduás-bandeira utilizam suas garras também para se defender. São capazes de se defender até de onças.  Devido às garras impressionantes, eles infelizmente possuem má fama como animais perigosos. No entanto são animais muito pacíficos, os quais preferem fugir quando se sentem ameaçados. Basta respeitar os seus limites e sinais de aviso para evitar confrontos.

Os tamaduás-bandeira são animais de hábitos tanto diurnos como noturnos. Costumam pernoitar em lugares protegidos por capim alto ou vegetação arbustiva densa. Para dormir eles acabam enrolando a cauda em volta do corpo para camuflá-lo e protegê-lo do frio.

Mesmo sendo animais grandes eles são capazes de subir em árvores. Além disso eles são ótimos nadadores. Isto é muito útil para escapar de predadores e na busca por alimento. Eles conseguem atravessar rios com facilidade, o que explica sua ampla distribuição geográfica. Além disso, esta habilidade lhes permite escapar de fogos.

O interessante é que os tamanduás foram super equipados para poderem sobreviver em ambientes com gramas cortantes e arbustos espinhentos, pois seu volumoso pelo nas pernas dianteiras funciona como “perneiras”, prevenindo cortes e ranhuras.

Tamanduás-bandeiras adoram tomar longos banhos em poças-d’água ou riachos. Estes banhos são muito importantes para eleminar parasitas do pelo e fazem parte dos seus rituais para cuidar da pele. Por esta razão os tamanduás-bandeiras podem muitas vezes ser encontrados perto de riachos, rios e lagos.

Os tamanduás costumam ter um filhote só por vez. As fêmeas cuidam dos filhotes e costumam carregá-los nas costas por cerca de um ano.

Os tamanduás possuem grande importância ecológica por se alimentarem de insetos/invertebrados, especialmente de formigas e cupins, fazendo parte do sistema de controle populacional destes últimos. Com a extinção dos tamanduás cria-se grande desequilíbrio nos ecosistemas.

Neste contexto pode ser interessante reintroduzir tamanduás em áreas de reflorestamentos para proteger as mudas de formigas e cupins. Os tamanduás seriam valiosos aliados, que além de sua função insetívora também contribuiriam para a regeneração do solo através de suas fezes. Também acabam distribuindo a terra fértil dos formigueiros, a qual é muito rica em fósforo, ajudando a melhorar a qualidade do solo.

Além disso devem ser considerados uma espécie importante para a dispersão de microorganismos, os quais são indispensáveis para a regeneração dos solos e um crescimento saudável de plantas. Neste contexto os tamanduás-bandeira se destacam,  já que ficam rodando por grandes distâncias, levando com elas o solo e microorganismos grudadods nas patas. Todos os animais terrestres possuem esta função, mas aqueles que circulam por grandes distâncias certamente se destacam em relação à esta função.

Infelizmente os tamanduás-bandeira estão ameaçados de extinção. Seu status de conservação é avaliado como vulnerável pela IUCN (União Internaional para a conservação da natureza).

 

 

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